Veja! Eu não sou mais Eu;
Mas aquele que foi, é e será,
Ao qual Nada importa
A não ser sob vontade amar.
Eu vi! Sim, eu vi!
Um Grande falo ereto,
Brilhantemente reto,
Pulsante em meio Radiância e Esplendor.
Eu vi! Sim, eu vi!
O Kteis primordial, Origem do Mundo Fenomenal.
Ela vem e o cobre de Amor assim.
A Eterna Cópula Deles, criando tudo enfim.
O Brilho Dele em jorros inundando mundos sem fim.
Sempre copulando.
Sempre criando,
Sempre Virgem Ela é.
Constante repetição do criador Ato,
O Infinito no Finito é.
Veja! Sou a Águia Branca no azul do céu.
Não! Não mais a Águia sou, mas o Abutre cruel.
Um ao outro devora. Devorado e devorador eu sou.
Aquele brilhante Rosto me beijou.
Com ternura sem fim me abraçou.
Como sois bela Amada Minha!
De seus cabelos, descrição não há.
Em Teus beijos a Loucura está.
Além deles existe Nada.
Na Tua face, a face de todas as mulheres está,
Sucedendo-se na rapidez de Teu olhar.
A Ti chamei a Grande Prostituta,
E todo meu Amor é Teu.
Tu, a quem sempre busquei, estavas aqui. Agora.
Amando-me por toda Eternidade a fora.
Sulamites deu-lhe por Nome Salomão,
Mas Tu, Nome tens Não.
Eu Te vi, é o bastante,
Morri naquele instante.