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Entidades Místicas Brasileiras

As figuras místicas brasileiras, em sua maioria, são orirundas da cultura indígena. Algumas foram mescladas à cultura européia através dos portugueses e também pela cultura africana.

Cada tribo tem a sua visão sobre a realidade bem como suas divindades, embora um aspecto em comum seja a manutenção do equilíbrio entre o homem e o ambiente. A maioria, cumpre a função de guardiões da natureza.

com a introdução do catolicismo no Brasil, algumas lendas foram embuidas de sentidos punitivos em relação ao sexo e outros pecados católicos.

A diversidade de seres e deuses é muito grande, a seguir vai uma lista dos mais conhecidos:

- Saci Pererê (Matim-Pererê) - o mais famoso dos seres mitológicos, cuja origem remete aos índios tupi-guarani da Amazônia. Não há brasileiro que não conheça esta figura, principalmente pela sua utilização em séries de TV e na literatura infantil.

Possui a aparência de um garoto negro, de uma perna só, usando um capuz vermelho e fumando um cachimbo, surgindo num redemoinho assuviante.Seu comportamento é traquina, gosta de atrapalhar o homem nos seus afazeres, além de ser um hábil embusteiro.

Segundo o floclore, os sacis nascem em "sacizeiros" nos taquaruçus, num período de incubação de sete anos. Ao morrer viram cogumelos venenosos ou orelhas-de-pau. Vivem setenta e sete anos.

Sincretismo - Exu, silfos.

- Curupira (Caapora, Bolaro) - outra figura da natureza bastante conhecida. Seu nome vem da mistura das palavras "curumim" (menino) "pira" (corpo) ou "caa" (mato) "pora" (habitante). Curiosamente, é uma entidade conhecida pela maioria dos índios das américas chamado de Máguare na Venezuela, Selvage na Colômbia e Chudiachaque pelos incas. A aparência da cabeça é variada, porém, em todos esses locais, ele possui os pés para trás.

Vindo da Amazônia, é uma entidade um tanto violenta, responsável por atacar caçadores (sugando seus cérebros) e as vezes iludindo-os, pois é o senhor das matas. Transforma-se em qualquer animal mas a sua aparência mais conhecida é a de um garoto com cabeleira ruiva e pés invertidos carregando uma vara de salsaparrilha. O jesuitas logo trataram de associa-lo ao diabo.

Existe uma outra entidade muito semelhante ao Curupira,as vezes sendo confundidos: o Caipora. Também protetor das matas, o Caipora aparece como um ser meio homem meio macaco, cavalgando um porco-do-mato. Se encontrar um, terá azar pelo resto do dia. Muito conhecido na região amazônica.

Sincretismo - Gnomos

- Boitatá (Mboitatá, Mbaitatá na língua Tupi) - entidade noturna responsável por punir pessoas que incendeiam ou maltratam a floresta.Possui a aparência de uma cobra de fogo. Alguns atribuem sua origem ao fenômeno do fogo-fátuo.

Sincretismo - Salamandras

- Iara (Mãe-d'Água, Boiuna) - mito semelhate as sereias européias. Habitante dos rios, a Iara é capaz e enganar os homens com sua beleza e doçura. Protetora dos rios, lagos, cachoeiras, etc. Costuma aparecer nas noites de luar. Também é conhecida sob a forma de cobra.

Sincretismo - Ondinas, Oxum.

- Boto - segundo uma lenda da região norte, o boto é responsável pelos filhos de paternidade ignorada. Sai a noite para seduzir as moças nos bailes (é um ótimo dançarino e muito bonito) e as engravida nos iguarapés.
Antes da madrugada volta ao rio a sua forma original . Pode ser reconhecido pelo chapéu que sempre usa ,pois esconde a única forma de indentificá-lo: um orifício na cabeça, identico aos dos botos.

Sincretismo - Ondinas.

- Mula-Sem-Cabeça - mulheres que tiveram relações sexuais com padres viram mulas sem a cabeça, que soltam fogo pelas ventas (apesar de não tê-las). O interessante é que o castigo vai para as mulheres, não para os padres. Aparecem na noite de quinta pra sexta-feira.

- Anhangá - um dos mais antigos mitos brasileiros. É uma entidade polimorfa, que vaga pelas matas e florestas muito temida pelos índios. Normalmente, um espírito ruim.

- Matintapereira - coruja que canta a noite para avisar a chegada da morte a uma pessoa, segundo um mito tupi. Assume também a forma de uma mulher grávida.

- Cuca - mito semelhante as bruxas européias: uma velha feia e má que ataca as crianças desobedientes.

- Jaci - conceito cosmológico indígena, representa a Lua, a excência feminina. É esposa e irmã do Sol, Coaraci. Mãe dos frutos e vegetais, zela pelo crescimento vegetal, além de controlar os elementais da floresta: Curupira, Saci e Boitatá.

 

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