Após atravessar o Véu de Parroket, aqui inicia-se a entrada na Segunda Ordem da A.·.A.·., onde as passagens dos graus é mais imperceptível do que as da Primeira Ordem. O clímax de todo trabalho do magista ocorre neste nível, onde obtém o "encontro" com o seu Sagrado Anjo Guardião e o descobrimento da sua Verdadeira Vontade.
Adeptus é uma palavra latina de significado óbvio para os conhecedores da língua portuguesa, mas o significado mais profundo seria "aquele que consegue". Ocorrendo na sefirá de Thipharet, o Sol, um estudo da mesma é necessário.
Aqui o membro pode assumir o cargo de Cancellarius da Ordem.
O adepto já deverá ter percebido que, são nos caminhos e nas sefirô do eixo central da Árvore da Vida, que ocorrem as principais mudanças em sua consciência, e aqui não é diferente.
O grau de Adeptus Minor, ou Adepto Menor, possui uma diferença: é dividido em dois estágios: Adeptus Minor Externo e Adeptus Minor Interno.
A diferença entre eles é ao mesmo tempo tênue e distante: enquanto o Adeptus Minor Externo tem como objetivo " obter (to attain) o Conhecimento e Conversação com o Sagrado Anjo Guardião" o Adeptus Minor Interno tem a " consecução (attainment) do Conhecimento e Conversação com o Sagrado Anjo Guardião".
As palavras são pobres muletas na descrição de qualquer mudança de estado evolutivo, pois se estiverem sob a batuta da razão, podem ser enganosas, por outro lado, são desajeitadas na tentativa de descrever qualquer experiência espiritual ou fenômeno transcendente. Tentando diferenciar os dois estados, poderíamos nos referir ao A.M.E num nível incompleto se comparado ao A.M.I.
O primeiro, ainda necessita da mão firme e orientadora de seu instrutor, e sua relação com seu Anjo não foi definida completamente. A sua total independência externa no caminho da iniciação, não fora alcançada.
O segundo, já está totalmente consciente de sua relação com o seu Anjo Guardião. Aqui o seu instrutor o deixa, pois o próprio Anjo o orientará mais explicitamente adiante.
Não existem mais juramentos a serem preenchidos e obrigações técnicas a fazer. A passagem pela Primeira Ordem teve essa finalidade: preparar o adepto, dar-lhe todas as armas e teorias para chegar a este ponto.
Aqui, o Jesus Cristo da cristandade morreu. A morte de seu estado anterior, putrefado, para ressuscitar com seu novo (talvez antigo) Eu, onde o equilíbrio deve ser alcançado, pois Thipharet está no meio da Árvore da Vida equilibrando-a pela iluminação direta de Khether, o Pai.
" Ninguém vem ao Pai senão por mim".
Thipharet emana às sefirô inferiores a luz do Pai pelo seu reflexo menor, o Sagrado Anjo Guardião do magista, que por sua vez é filtrada pela sephirah lunar de Yesod até chegar a Malkuth onde sua percepção chega incompreendida à muitos. Daí a busca em ascensão pela Árvore da Vida.
Daqui para frente, serão apenas ele e seu Anjo, sob a virtude da sua Verdadeira Vontade. Ver a Visão e a Voz, Aethyrs 8 e 18.
Não custa lembrar que toda sefirá possui a sua qlipô (qliphoth) e no livro da Magia Sagrada de Abramelim, o Mago, invoca-se os dêmonios de Abramelim após o contato com o Sagrado Anjo Guardião.